Introdução
O direito à saúde é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal de 1988. Ele estabelece que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
O acesso aos medicamentos necessários é fundamental para a promoção da saúde e da vida. No entanto, muitas vezes, o Estado não fornece o acesso necessário aos medicamentos, tratamentos e procedimentos médicos que os cidadãos precisam.
Quando isso acontece, o cidadão pode acionar o Estado na Justiça para assegurar o acesso ao medicamento necessário. Esse fenômeno é conhecido como judicialização da saúde.
O que é a judicialização da saúde?
A judicialização da saúde é um fenômeno que ocorre quando os cidadãos recorrem ao Poder Judiciário para garantir o acesso aos medicamentos, tratamentos e procedimentos médicos que necessitam, mas que não são fornecidos pelo Estado.
Esse fenômeno tem se tornado cada vez mais comum no Brasil, principalmente em casos envolvendo a liberação de medicamentos de alto custo ou não disponíveis na rede pública de saúde.
A judicialização da saúde pode ser vista como uma forma de pressionar o Estado a cumprir com suas obrigações constitucionais em relação à saúde.
Quando acionar a Justiça para assegurar o acesso a medicamentos necessários?
O cidadão pode acionar o Estado na Justiça para assegurar o acesso a medicamentos necessários quando o medicamento é reconhecidamente a solução para um problema de saúde, não havendo impedimentos ou outras alternativas.
Além disso, é importante lembrar que a judicialização da saúde não é uma solução ideal para todos os casos. A intervenção do Poder Judiciário pode ter por consequência a alteração do destino de recursos que seriam aplicados nas políticas públicas universais e igualitárias, para atendimento de necessidades individuais, em procedimentos e/ou medicamentos de alto custo, sem eficácia comprovada, desvirtuando todo o sistema.
Como funciona o processo judicial para assegurar o acesso a medicamentos necessários?
O processo judicial para assegurar o acesso a medicamentos necessários começa com uma petição inicial apresentada pelo representante legal do cidadão interessado.
Na petição inicial, deve-se apresentar os documentos necessários que comprovem a necessidade do medicamento e sua falta de disponibilidade na rede pública de saúde.
Após a apresentação da petição inicial, o juiz responsável pelo caso pode determinar uma liminar que obrigue o Estado a fornecer imediatamente o medicamento necessário ao cidadão. O processo segue normalmente até uma decisão final.
Conclusão
O direito à saúde é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal de 1988.
No entanto, muitas vezes, o Estado não fornece o acesso necessário aos medicamentos, tratamentos e procedimentos médicos que os cidadãos precisam.
Quando isso acontece, o cidadão pode acionar o Estado na Justiça para assegurar o acesso ao medicamento necessário. Esse fenômeno é conhecido como judicialização da saúde.
A judicialização da saúde pode ser vista como uma forma de pressionar o Estado a cumprir com suas obrigações constitucionais em relação à saúde.
No entanto, é importante lembrar que a judicialização da saúde não é uma solução ideal para todos os casos. A intervenção do Poder Judiciário pode ter por consequência a alteração do destino de recursos que seriam aplicados nas políticas públicas universais e igualitárias, para atendimento de necessidades individuais, em procedimentos e/ou medicamentos de alto custo, sem eficácia comprovada, desvirtuando todo o sistema.